Uso da ultrassonografia no manejo da via aérea difícil

Autores

  • Daniela Nunes Oliveira
  • Catharina Borges de Oliveira
  • Murilo Pereira Flores

DOI:

https://doi.org/10.35753/rchsi.v2i3.101

Palavras-chave:

Airway management, Ultrasonography, Difficult airway

Resumo

O manejo adequado da via aérea é fundamental para a segurança do paciente e prevenção de complicações graves durante o ato anestésico. A avaliação pré-anestésica ajuda a identificar preditores de risco para via aérea difícil e, desta maneira, contribui na escolha da técnica anestésica mais adequada ao paciente. Neste contexto, o uso da ultrassonografia, como um método acessível, não invasivo e prático, vem como ferramenta adicional à avaliação da via aérea. Este artigo trata-se de uma revisão da literatura que tem como objetivo apresentar os fundamentos teóricos e aspectos práticos do uso da ultrassonografia como ferramenta auxiliar no manejo da via aérea potencialmente difícil. Foram descritas as técnicas para identificação das diferentes estruturas anatômicas envolvidas na abordagem das vias aéreas, suas aplicações práticas, bem como as evidências científicas que as fundamentam. Além disso, a ultrassonografia também tem aplicabilidade na confirmação do adequado posicionamento do tubo endotraqueal, localização de nervos periféricos para guiar bloqueios anestésicos úteis para intubação acordado e na avaliação de resíduo gástrico para prever o risco de broncoaspiração. Assim sendo, a ultrassonografia, apesar de ser um instrumento relativamente recente na avaliação da via aérea, tem se mostrado um método útil e rápido para auxiliar na predição de via aérea difícil e, desta maneira, prevenir algumas complicações durante o ato anestésico. Apesar da necessidade de estudos maiores para reforçar as medidas ultrassonográficas consideradas de risco, a associação de parâmetros clínicos aumenta a acurácia do método e resulta em maior segurança para o paciente.

Publicado

2018-09-27