Nefropatia Induzida por Contraste Iodado

Autores

  • Alexandre Vitor Vieira de Sá
  • Fernando Oliveira Santos
  • Maria Ermecília Almeida Melo

DOI:

https://doi.org/10.35753/rchsi.v5i3.215

Palavras-chave:

Contraste Iodado, Nefropatia Induzida por Contraste, Injúria Renal Aguda, Salina 0,9%, Prevenção

Resumo

A nefropatia induzida por contraste iodado (NIC) é uma causa de injúria renal aguda (IRA) historicamente frequente, porém sua incidência vem sendo questionada principalmente diante de novas tecnologias, melhor entendimento da doença e uma curva de aprendizado por parte das equipes médicas intervencionistas. Ela é definida pela elevação de creatinina em ao menos 0,5 mg/dL ou 25% do valor basal. Quando não for possível definir com precisão de que a IRA foi decorrente do uso de contraste iodado utilizamos o termo “nefropatia associada ao contraste iodado”. A ocorrência de NIC está relacionada a desfechos negativos, incluindo mortalidade. O principal fator de risco é a disfunção renal, seja na forma de injúria renal aguda (IRA) ou doença renal crônica (DRC) e, no seu pior cenário, o indivíduo pode necessitar de terapia de substituição renal. Os outros fatores de risco podem ser separados entre aqueles relacionados ao paciente e os relacionados ao contraste iodado. Uma vez instalada, a NIC não tem tratamento específico, portanto o foco deve ser a prevenção. Dentre as principais medidas não farmacológicas, recomenda-se reduzir, se possível, o volume do contraste iodado e não utilizar os contrastes de alta osmolaridade. Dentre as medidas farmacológicas, a única recomendada até o momento é a expansão volêmica com salina a 0,9% antes e após o uso parenteral do contraste iodado.

Publicado

2021-11-08