Recomendações Atuais para Vigilância Ativa no Câncer de Próstata

Autores

  • André Bacellar Costa Lima
  • Ana Cristina Silva Bomfim
  • Camila Severiano Vasques
  • Sergiane Amaral Gadelha
  • Thereza Inês Barbosa Soares Flores
  • Thiago Kaique Nunes Monteiro
  • Thiago Santos Vieira
  • Tércia Vilasboas Reis
  • Érico Strapasson

DOI:

https://doi.org/10.35753/rchsi.v5i4.235

Palavras-chave:

Câncer de Próstata, Vigilância Ativa, Diagnóstico, Tratamento, Ressonância Nuclear Magnética Multiparamétrica

Resumo

O câncer de próstata é uma das malignidades mais comuns ao redor do mundo. O rastreamento e o diagnóstico precoce seguem sendo pilares para cura dos pacientes de risco desfavorável. No entanto, há uma preocupação a respeito do tratamento excessivo dos tumores de menor risco, onerando o sistema de saúde e causando potenciais efeitos colaterais irreversíveis em homens cuja qualidade de vida e sobrevida não seriam afetados pela doença. A vigilância ativa (VA), estratégia iniciada nas últimas duas décadas, é o tratamento de escolha nos pacientes com câncer de próstata de risco muito baixo,baixo e em alguns selecionados com risco intermediário favorável. Os principais protocolos de VA contemporâneos variam entre si nas suas coortes, manejos no monitoramento e no melhor momento para a intervenção. No entanto, os reportes de mortalidade câncer-específica e taxas de doença metastática são extremamente baixos no seguimento mediano de médio prazo (5-10 anos). Estes desfechos parecem estar intimamente associados aos diferentes critérios de seleção, monitoramento e intervenção, sugerindo que a estratégia da VA pode ser individualizada baseando-se no nível de risco aceitável para os pacientes, levando em consideração suas preferências pessoais. Novas tecnologias, como a ressonância nuclear magnética multiparamétrica e testes moleculares parecem tornar a VA mais segura. A utilização da VA, embora em crescimento, permanece altamente variável nos diferentes países e a educação continuada para segurança desta estratégia segue um desafio para que seu uso seja cada vez mais difundido.

Publicado

2022-02-14