O Tratamento Antiplaquetário por Via Oral na Doença Arterial Coronária – Visão Atual

Autores

  • Gilson Soares Feitosa
  • Gilson Soares Feitosa-Filho
  • Paulo Barbosa
  • Rosenbert da Silva
  • Thiago Pereira
  • Isabela Pilar
  • Marcus Vinicius Andrade
  • Antonio Carlos Sales Nery

DOI:

https://doi.org/10.35753/rchsi.v3i4.57

Palavras-chave:

Antiplaquetário, Doença Coronariana Estável, Síndrome Coronariana Aguda, Infarto do Miocárdio, Fibrilação Atrial

Resumo

O reconhecimento da importância que desempenha a trombose intracoronária no desenvolvimento do processo aterosclerótico e seus desfechos clínicos fez com que esforços se voltassem para a ompreensão do papel das plaquetas nesse processo e, consequentemente, da maneira de evitar sua propriedade de agregação que culmina com a progressiva formação do trombo oclusor da luz do vaso com suas consequências isquêmicas para o tecido miocárdico (angina, infarto, morte súbita e insuficiência cardíaca). Após o estabelecimento do ácido acetilsalicílico (aspirina) e sua importante ação antiagregante plaquetária, com comprovados benefícios clínicos, o desenvolvimento na área se faz à procura de novos agentes e sua oportunidade de uso diante das numerosas condições que se oferecem para o seu emprego. Dessa forma, surgem para uso por via oral diversos fármacos com ação em sítios distintos daquele da ação da aspirina na superfície da plaqueta, destacando-se, sobremaneira, aqueles que inibem o receptor P2Y12, que reforçam a ação antiplaquetária da aspirina quando supra juntados a esta ou mesmo em substituição à mesma. Por outro lado, o desvendamento e caracterização progressivos dos quadros de apresentação da doença coronariana, com sua multiplicidade de tratamentos, fornecem cenários os mais variados, a exigir desses fármacos uso mais proveitoso. Isto porque, juntamente com o resultado da ação principal, antitrombótica, que previne eventos isquêmicos, associa-se, necessariamente, um risco aumentado de sangramento, que deve ser considerado quando do emprego destes importantes agentes no tratamento da doença coronariana estabelecida. O objetivo dessa atualização é o de rever à luz de trabalhos de alta qualidade metodológica – geralmente comparativos, randomizados e, na maioria das vezes, duplos-cego – as melhores evidências que justificam a escolha do agente antiplaquetário, ou sua combinação, pelo tempo de uso considerado adequado para as diversas situações em doença coronariana em que surja a oportunidade do seu uso.

Publicado

2019-12-31