Esquistossomose Pseudotumoral Mimetizando Recidiva de Câncer de Pênis: Um Relato de Caso e Revisão de Literatura
DOI:
https://doi.org/10.35753/rchsi.v5i4.240Palavras-chave:
Câncer de Pênis, Esquistossomose, Linfonodomegalia RetroperitonealResumo
A esquistossomose é uma doença parasitária crônica, considerada um problema de saúde pública mundial, principalmente nos países em desenvolvimento, situados em áreas tropicais e subtropicais. O carcinoma de pênis é um cancer agressivo, caracterizado por ser invasivo e de disseminação metastática precoce, ocorrendo principalmente nos países em desenvolvimento, como o Brasil. Relato de caso de paciente de 48 anos com diagnóstico de carcinoma espinocelular de pênis, estágio clínico IIIA, submetido a penectomia parcial. No seguimento, foi submetido a linfadenectomia retroperitoneal e pélvica, tendo como resultado linfonodos pélvicos comprometidos, sendo encaminhado para quimioterapia adjuvante. Durante seguimento, PET-TC evidenciou linfonodomegalias discretamente hipermetabólicas em cadeias retroperitoneais de asspecto suspeito para acometimento neoplásico. A nova linfadenectomia retroperitoneal resultou em anatomopatológico de linfadenite granulomatosa associada a ovos de Schistossoma mansoni. A associação de câncer de pênis e esquistossomose é rara. Ambas são doenças que afetam mais preponderantemente países em desenvolvimento. O caso relatado demonstra a necessidade de se considerar a esquistossomose no diagnóstico diferencial de tumorações linfonodais ao exame de imagem, uma vez que o Brasil está entre os países de maior prevalência da doença.