Diabetes tipo 2 no idoso, apresentação clínica e metas de tratamento
DOI:
https://doi.org/10.35753/rchsi.v2i2.90Palavras-chave:
Diabetes no idoso, Metas glicêmicas, Controle de diabetesResumo
O diabetes é uma doença cuja prevalência vem crescendo ao longo das últimas décadas. Estudos epidemiológicos têm evidenciado uma relação entre idade e o desenvolvimento da doença, sendo estimada
uma frequência aproximada de 25% nos idosos. Os idosos com diabetes precisam ser avaliados de forma individualizada, uma vez que a apresentação clínica é heterogênea e pode variar entre dois extremos, que incluem desde indivíduos saudáveis, autônomos e independentes até aqueles mais frágeis, com lesões de órgão-alvo, nos quais o processo de senilidade se mostra mais intenso. Evidências têm falhado em demonstrar benefício com o tratamento mais agressivo, buscando uma meta glicêmica muito baixa nos indivíduos idosos, com comorbidades, déficit cognitivo e perda de capacidade funcional. É preciso que essa população seja abordada de forma diferenciada, devendo sempre individualizar cada paciente de acordo com sua capacidade funcional, autonomia, perfil social, presença de doenças associadas e fatores de risco para hipoglicemia, a fim de se proporcionar tratamento adequado. Dadas as evidências atuais, a meta glicêmica deve sempre ser estabelecida de forma a evitar desfechos negativos.